1º show no Bazuah Café

Primeiro fomos as 18h passar som, ja atrasados. Ninguem tinha passado na casa do baixista que ia me emprestar um fone de ouvido, pois no Bazuah só se tem retorno por fones, ou seja, só músicos ricos podem tocar lá, pois nós ganhando apenas 50reais por show, demoraria 1 mêz para comprar um fone razoavel. Bom, ainda bem que o percussionista tinha um a mais e me emprestou. O baterista se atrasou pois ninguem tinha ido buscar ele ainda, e nisso fomos passando tudo, e o cara do som estressando, porque tinha mais uma banda ainda para passar som. Enquanto a gente passava o som o nosso produtor ligou umas 5vezes pra dar bronca em alguem porque o baterista estava atrasado. O baterista chegou e deu tudo certo, nisso a maioria dos fones ja tavam passados, nunca muito bons mas ta valendo. No fim o guitarrista levou bronca porque tava esquecendo o suporte do violão, que não era dele, e então ele disse que era pra isso que o hold estava lá. Bom, nessa o percussionista falou a real, que o hold estava lá para ajudar apenas na percussão, e por isso ele mesmo pagava o cache daquele "inútil". O mais legal é que só temos um hold, e ele só ajuda o percussionista mesmo, e o percussionista bem que poderia levar menos coisas, porque ele nem usa tanta coisa no show, mas ele insiste em levar tudo e ocupar a maior parte do palco, e eu acabo todo apertado bem no meio do palco por causa disso.
Voltei pra casa, jantei (porque no camarim não iria ter nada mesmo), e fui logo de volta pra lá. Levei o teclado no fundo do Bazuah e deixei em cima de uma mesa, rezando pra ninguém botar alguma coisa pesada em cima dele, como é de costume. Nisso o violonista que tava comigo quis ficar do lado de fora falando com um amigo, que tinha sido nosso hold, mas esse num fazia nada, só tirava fotos com a mulherada e bebia de graça. Eu achei engraçado a maneira daqueles caras "secarem" as meninas que chegavam, parecia que nunca tinham visto. Infeliz foi a hora que o violonista quis botar 2 amigas dele que estavam na fila logo pra dentro, e aí eu me distanciei, afinal pensei o seguinte:
1º. Eu num tenho nada a ver com elas, e quero mais que elas se f0d@m(lol);
2º. Fazer favor pra mulher bonita sempre é com segundas intenções, e eu apesar de estar na seca não curto esse tipo de comportamento interesseiro;
3º. Mesmo eu sendo músico, algo que as periguetes adoram, eu sabia que eu não ia beijar ninguem mesmo, afinal sou um rockeiro, e tava no meio de gente esnobe, patricinhas, meninas que se dá um oi e logo beija, e isso acaba sendo um tanto nojento depois que elas beijam uns 4 na mesma festa. Se fosse no Araraquara Rock acho que eu ia me interessar mais. Mas o pior era a certeza de acabar levando fora dessas meninas;
4º. Eu não gosto de coisas enroladas, e ficar dando trabalho pra botar gente dentro de uma festa, afinal, porque elas não esperam igual todo mundo?? Só porque elas eram ricas e gostosas?? Por isso eu disse que queria mais que elas se ferrassem, e continuo torcendo por isso :) .
Bom, chegaram todos, e fomos ao nosso camarim improvisado, que era o banheiro dos funcionários, pois o Bazuah é tão podre que nem camarim tem, "mas de galinhas está lotado". Fomos ao ambiente da festa, logo o nosso violão base começou a falar com umas meninas que estavam ao lado, mas só papo. Ele tem namorada, mas pelo jeito isso não o impede de nada. Alguns pegaram cerveja pra beber, outros foram atras de mulher, e eu vendo tudo aquilo desanimei e me perguntei o que fazia naquele lugar, e então eu percebi o que significa a palavra "trabalhar", pois eu não gostava do ambiente, das pessoas, das músicas, mas estava lá pra fazer o que me pagam tão pouco para que eu faça.
Fomos montar as coisas no palco e tivemos que atravessar uma multidão que estava bebendo e dançando. Terrível isso pois não gosto de lugares com muita gente. Montamos as coisas e eu estava esperando o cara parar aquelas músicas que estavam tocando pelo computador, mas ele demorou, e eu esperando, e toda hora ativando o programa dos sons da abertura, e ele demorando, e eu esperando, e ele demorando, até que ele parou, e eu comecei logo em seguida. Mas nosso produtor foi anunciar no microfone enquanto eu começava, desssa vez ele foi rapido, não falou nenhuma besteira como: "ontem estavam tocando num show para mais de 2 mil pessoas em barretos"; e milagrosamente não falou nenhuma palavra errada. O repertório estava com letras pequenas, e eu com medo de a música começar e não saber qual é e perder a introdução, mas eu me abaixei toda hora pra ler e consegui, mas isso graças as luzes que ficavam acesas e então eu podia ler. Infelizmente tivemos que tocar a música da Ivete, a micareta, e o pagode do Pixote, mas deu tudo certo, só que acho que o povo não gostou muito, até porque esse pagode nem o vocalista que curte pagode gosta dessa tal música. Nessas horas a galera dançou, mas acho que foi pelo fato de não poderem sair de la perto pois tinha muita gente atrapalhando. Tivemos sorte pois cortamos umas 3 músicas do final, e terminamos mais cedo, mas apesar disso tivemos que tocar o Rebolation :( , que era outra insistencia do produtor.
Após o show ficamos um tempinho vendo a festa rolar. Não tinha nada muito interessante, apenas as bebidas diria. Tinha muita mulher bonita, mas todas esnobes, e tinha umas com umas roupas bem provocantes, o que é legal pra gente só olhar né, pois geralmente essas são as que estão com o namorado. Fomos embora dormir, estava frio, tivemos que pagar 5reais do estacionamento e enfim tudo terminou.
Depois disso tivemos algumas alterações. Os dois violonistas saíram da banda, por diferentes motivos cada. O solo foi por vontade propria, e o base foi porque o produtor dizia que nunca ouvia ele tocar, e de fato, ninguem ouvia, mas isso devido ao fato de o outro violonista cobrir sempre ele. Pelo jeito terei varios ensaios cansativos e estressantes para adaptar o novo violonista, dessa vez será um só.

 Bom galera, dessa vez eu não pude escrever muito bem o post então ficou um tanto sem graça. Mas postei pra saberem um pouco do que aconteceu. Espero que na próxima vez eu tenha muitas coisas legais para contar. Até mais.