Segunda-feira:
Bem, agora chega disso. pois na segunda-feira ja fomos ensaiar com o novo violonista, que pegou no domingo as músicas para ouvir. Como qualquer ser humano ele não tirou tudo, mas conseguiu tirar muita coisa, mesmo faltando assimilar qual frase ou introdução era de qual música :S . Fomos passando elas de boa, mas na hora da base estava faltando o violão base, que havia sido demitido, e então eu tentava segurar, mas parecia mais pop rock do que sertanejo nesses momentos, afinal eu fazia a base com órgão. A minha alegria nesse ensaio de segunda-feira foi que todo mundo concordou em nem ensaiar a Insegurança, do Pixote, afinal ninguem gosta, ninguem tirou, e ninguem quer tocar ela. Uma das minhas metas de vida pra esse mes, em vez de arrumar namorada para o dia dos namorados, é simplesmente tirar essa e mais algumas música desse repertório, que já não é grande coisa como sertanejo, imagina então juntando pagode, axé e mais umas porcarias. De fato, nós acreditávamos que se ninguem passasse essa música (maldita) no ensaio, nós não a tocaríamos no show.Terça-feira:
Começamos pelas músicas que não tinhamos passado na segunda, e depois repassamos todas elas denovo, faltando algumas que eram chatas, e até aí eu tava muito contente pois era só sertanejo. Aí algum infeliz resolveu passar a micareta e as outras porcarias, e pensando bem, acho que a galera tem um certo medo do produtor, pois foi ele quem botou todas essas porcarias no repertório, e eles quiseram passar enfim. Nossos ensaios sempre são cansativos, mas tivemos a sorte de ter uma banda esperando pra usar o nosso estúdio, e terminamos mais cedo, e pra falar a verdade eu estava bem de boa, o problema era o novo violonista que ainda não tinha assimilado tudo. Nosso produtor queria que nós pegassemos tres músicas novas na terça, e eu logo disse que nem ia adiantar, afinal ia acabar só confundindo mais a cabeça do pobrezinho do violão, e por sorte ele permitiu isso, afinal eu num tava com saco o suficiente pra ouvir e tirar aquelas músicas :P . Nós iamos fazer uma abertura com uma música de quadrilha, mas aí o percussionista disse que provavelmente o produtor não iria mudar o repertório (a 1ª música) para ficar tudo mais encaixado (se fosse pra começar tocando quadrilha teria que depois tocar alguma bem dançante também) e então resolvemos nem montar nada, pois o percussionista ve esse produtor todo dia, e sabe o nível de frescurisse dele.
Quarta-feira
Quarta conhecemos o nosso novo violonista (sim, outro), afinal sertanejo toca-se com dois violões mesmo pois se faz muita falta. Descobri que esse cara é, ou era, rockeiro, então pelo menos vai ter uma pessoa que me entende um pouco, mas não espero grandes coisas não. Tanto ele quanto o outro ouviram as músicas meio por cima e não tinham muita firmeza pra tocá-las. O legal é que os dois se entenderam, e estão planejando ensaiar juntos para se entrosarem, e um ajudar o outro, uma hora um sola depois o outro sola, e isso é uma coisa que não existia nem de longe na banda antiga. Nesse ensaio tinhamos passado todas as sertanejas, e então como sempre algum infeliz lembrou de passar a micareta, o axé, e o pagode, ou seja, a pior parte do show (tando pra quem toca quanto pra quem ouve, exceto o produtor). Tivemos que passar né, e mesmo eles não conhecendo a da Ivete Sangalo, nós tivemos que dar um jeito de passar.
Quinta-feira
Era feriado, mas nós tivemos que vir ensaiar mais uma vez. Bom, infelizmente não to lembrado exatamente do dia que veio o 2º violonista, portanto não sei se foi quarta ou quinta, mas isso é mero detalhe. dessa vez veio o substituto do nosso baterista e do nosso baixista, ou seja, é uma tremenda putaria de troca-troca de músicos, mas isso porque nem todos podem comparecer nos horarios de show. O baterista teve que sair adiantado pois tinha outro compromisso, e nisso eu tava dando graças porque ia pra casa mais cedo. Mas nisso o nosso produtor fez a gente tocar uma música nova, que todo mundo sabia, menos eu (PQP), mas eu me comprometi a tirar ela depois. Quando ele vai no ensaio sempre é mais estressante, e as vezes tem alguma coisa pra gente comer, e dessa vez logo quando chegamos ja tinham uns hotdogs economicos (pão-salsicha-alguma coisa como molho), porém não poderia ser tão bom, senão não seria a minha vida. Por isso os hotdogs estavam frios. lol
Antes do show fui com um amigo da banda comer lanche e tomar cerveja, e foi legal pois não sei se foi pelo fato de ter comido o lanche, ou pelo fato de ser Skol, mas a cerveja estava muito gostosa :) . Começou a chover, e fiquei com receio de tocar embaixo de chuva, mas o palco era todo coberto, e daí pensei seriamente se eu preferia mesmo tocar e receber o dinheiro que eu tanto preciso, ou não tocar e ficar uns 20min a mais com a minha dignidade e autoestima preservadas, porém, todo mundo que trabalha passa por isso, patrão chato, fazer coisas chatas, receber pouco, e trabalhar muito, portanto resolvi pensar melhor e ir um tanto animado pra lá. Os caras passaram e fomos na casa do produtor, e lá tinha uma pizza tamanho família, de uns 16 pedaços, e sei lá que sabor, mas enorme pra gente comer, e claro, logicamente, evidentemente, gelaaaada (se fosse uma cerveja sol estaria quente lol ). Ligaram para o cara da van, e logo que ele atendeu ele se deu conta de que havia esquecido de ir nos buscar, pois provavelmente estava de boa na casa dele, mas não demorou muito e ele chegou, o que nos surpreendeu pois ele sempre costumava dirigir o mais lento possível (tirou a carta com o Rubinho Barrichelo). Dessa vez a viajem foi rápida, o que me surpreendeu novamente, e entramos naquela estrada de terra, em meio a chuva, ja imaginando como seria o transporte dos nossos valiosos e também maltratados instrumentos.
Chegando lá um dos seguranças da entrada abriu a porta e disse que queria ver o braço de todo mundo, e nós ficamos sem entender, até que nosso produtor foi falar com eles sobre a nossa entrada. Na verdade o segurança queria saber se tava todo mundo com pulseirinhas para a entrada, mesmo eu achando que ele queria ver se um dos nossos baixistas tomava bomab pra ter aquele braço lol . Logo saímos com tudo o que havia dentro da van, embaixo de chuva, na grama, e atravessamos uma pequena galerinha em um corredorzinho aberto por onde passamos e deixamos as coisas para aguardar a nossa vez. Nisso a banda de pagode que tocaria antes de nós ia ainda começar o show(PQP), então ficamos nós lá, um tempo segurando tudo, que nem uns bobos, e nosso produtor sumiu. Quando ele voltou comentamos de guardar de volta na van, e eu guardei pelo menos o que era mais importante pra mim, até porque o chão tava todo molhado de cerveja (pelo menos espero que tenha sido cerveja pura né). Um detalhe importante é que haviam sido descarregados de um caminhão baú varios fardos de cerveja, apesar de a cerveja estar meio quente e ter feito mal ao estomago da gente, e o mais legal é que era uma festa open bar de tudo. Era open bar de bebida e de kaftas, e para alguns estudantes era open bar de loiras e morenas bebadas também, mas isso só pra quem cheirava a ser boyzinho lol. Muita gente trombou em nós, nas nossas coisas, e muita universitária chapada passou por nós, claro que esnobando, mas repetindo o que eu sempre falo sobre essas meninas, eu quero mesmo que elas se ferrem e caiam de cara no chão pra algum bebado pisar em cima da bunda siliconada delas (hoje estou bonzinho e vou parar por aqui a sessão "massacre às piranhas"). O ruim é que só tinha mulher bonita e isso nos deixava distraídos e uma outra palavra que prefiro não comentar, mas esse é o problema de não se ter camarim, pois no camarim a gente poderia ficar mais de boa, pois no meio do povo, vendo aquela galera dançar o Rebolation, e todo mundo bebado, e eu torcendo pra alguem cair, e ninguem caia, foi muito tenso.
Logo fomos levando as coisas ao palco, que não era grande coisa e uma boa parte dele estava ocupada pela percussão como sempre, e de um jeito ou de outro, acabamos ficando meio apertados, mas não foi tanto. Para um bom começo, ou engraçado ao menos, na introdução da primeira música nós não estavamos ouvindo o violão, e metade da banda ( incluindo eu ) entraram quase na metade do solo de introdução (os universitários chapados talvez nem tenham percebido). Tinha uma mulher de vestido, que queria de algum jeito chegar mais perto do palco, provavelmente para cantar no nosso microfone, mas tinham vários seguranças, que não vi de onde saíram, mas eles não deixaram ninguém chegar perto do palco. Como nós ja haviamos tido problemas com uma certa menina que sempre subia no palco então foi de certa utilidade os seguranças, mas essa tal mulher de vestido (tremenda gostosa) ficava o tempo todo dançando na frente dos seguranças, brincando com eles, provavelmente ou pra ver se elas deixavam ela chegar mais perto, ou então porque ela estava com vontade mesmo lol. As letras do repertório sempre são de tamanho normal, em negrito, e eu sempre fico achando que não vou conseguir ler a tempo o nome da próxima música, e então eu pedi para o baixista que estava do meu lado para ele me avisar qual seria a proxima música o show todo, mas infelizmente o baterista estava sem repertório, e pediu o mesmo favor para mim, e então eu tive que me abaixar toda vez pra ler qual era a proxima música e falar pro baterista, e pior de tudo, ainda tive que lembrar ele, cantando a introdução daquelas músicas. Devido a subita entrada de dois novos violonistas, e os ensaios massantes e inúteis, muitas músicas tiveram suas introduções atropeladas, pois tava faltando um certo entrosamento, mas como disse antes eu acho que a galera universitária realmente nem percebeu. O show foi todo meio atropelado, mas até que não fui muito ruim (ruim foi tocar mais uma vez uma micareta no meio de um show sertanejo). Infelizmente temos muito azar com retornos de palco, mas eu fui esperto e pedi pra darem uma aumentada pra mim, portanto eu me ouvi um pouco.
Quando terminamos guardamos tudo, e eu como sempre fui no banheiro antes de partir, tendo que atravessar aquela multidão na volta pra van, com o chão todo molhado e muito cheio de latinhas de cerveja, pois haviam mais latinhas do que propriamente chão. O caminho de volta foi muito sossegado (infelizmente não havia nenhum dos nossos imitadores do Silvio Santos), e fomos embora sem muita enrolação pois no sabado seria mais corrido ainda :( .
Teriam 2 shows, então fomos e montamos tudo para o 1º, que seria o acustico, mas tinah pouca gente, e depois de um acordo com o dono da festa combinamos de tocar o outro show primeiro e depois voltar lá. Nisso o dono do som (um gordinho bibinha meio retardado) ficou estressado, e disse que ele não iria ficar mudando o palco mil vezes, apesar de ele num ter feito nada pra nos ajudar pois quando ele chegou ja estava tudo pronto. Desmontamos tudo e fomos na praça pro show principal, na "Noite Italiana". Ainda faltava alguns para chegarem, e nisso eu fui tomar vinho, e acabei comendo uma lazanha e tomando um refrigerante. Depois me arrependi por ter gastado quase 10reais em uma lazanha muito quente que só tinha molho, um refrigerante quente, e o vinho estava bom apesar de ser vinho barato, mas ja sou meio acostumado com isso. O frio estava muito gelado (lol), mas depois de termos montado tudo no palco o nosso produtor pediu para tocarmos sem nossos agasalhos. Apesar de nós tentarmos fazer tudo certinho e com contratos quando possível nós não ganhamos por "insalubridade" por tocar no frio. O vento batia e a alma se encolhia dentro do corpo, que ja estava perdendo o calor natural, tudo isso causados por baixa temperatura e baixo nível musical explícito, mas na metade do show me esquentei um pouco mais e relaxei. Só não sei o que deu na cabeça do produtor pra botar uma micareta pra tocar no meio de um show sertanejo, numa festa que se chama Noite Italiana, onde todo mundo estava sentado, muitas famílias reunidas, gente decente, mas se estava no repertório é porque tinha que ser tocado, por pior que fosse. Terminamos o show e reparamos que tinhamos duas pessoas famosas entre nós. O segunda voz parecia o Sérgio Reis, e um violonista o Edson, ambos de chapéu.
Saímos e fomos ao proximo show, que deveria ter sido o primeiro, até porque eu estava contando com isso pois queria dormir cedo, mas então fomos, e achamos a tal chácara onde seria o show. A banda de samba-rock estava tocando ainda, e nós bebendo e vendo tanta mulher bonita reunida. O show da outra banda estava até bem animado, e logo pensei que o nosso seria o pior do dia, pois era um acústico meio atropelado, com poucos instrumentos e pouco ensaio, e muito pouco cache.O que nos consolava era só a visão de muitas mulheres bonitas, mas só olhar, senão o nosso produtor ja viria dar bronca. Detalhe, o vinho quente estava muito bom.
Pois bem, essa foi uma semana muito ruim. Me senti como se tivesse trabalhando mesmo, e ganhando pouco como a maioria da população. Foi divertido e cansativo ao mesmo tempo. Espero que tenham gostado e não reparem que eu demorei pra postar, pois a preguiça me impedia de terminar de escrever. O próximo post vou tentar ser mais rapido.
Sexta-feira
E lá vamos nós ensaiar novamente. Fomos pegar o novo violonista na casa dele, e foi uma longe e duradoura viajem, afinal ela mora no Cecap, um bairro um tanto distante de onde eu moro, e do lado oposto ao nosso estúdio. Resolveram pegar um caminho estranho pelas pistas achando que seria mais rápido, mas no fim foi mais longo, porém foi um caminho mais reto e com menos buracos no chão, o que fez com que eu não sentisse enjoo. Fomos passar as músicas acústicas, e foi tudo uma grande correria, mas o intrigante era que estavam colocando umas portas novas no estúdio, e então de repente, a qualquer momento, a gente ouvia um barulho de furadeira que nos atrapalhava todos e incomodava muito. Não deu muito tempo de passar tudo e portanto ficaram algumas pra passar sabado, e aquela incerteza de tocar, e a insegurança de tocar a Insegurança (a maldita música do pixote). Fomos embora pois havia chegado outra banda para ensaiar, e até então ninguem sabia dizer horario de nada pra eu ficar pronto, então eu tive que chegar em casa e pedir informações, ja com medo de esses caras inventarem de passar num horario sem me avisar.Antes do show fui com um amigo da banda comer lanche e tomar cerveja, e foi legal pois não sei se foi pelo fato de ter comido o lanche, ou pelo fato de ser Skol, mas a cerveja estava muito gostosa :) . Começou a chover, e fiquei com receio de tocar embaixo de chuva, mas o palco era todo coberto, e daí pensei seriamente se eu preferia mesmo tocar e receber o dinheiro que eu tanto preciso, ou não tocar e ficar uns 20min a mais com a minha dignidade e autoestima preservadas, porém, todo mundo que trabalha passa por isso, patrão chato, fazer coisas chatas, receber pouco, e trabalhar muito, portanto resolvi pensar melhor e ir um tanto animado pra lá. Os caras passaram e fomos na casa do produtor, e lá tinha uma pizza tamanho família, de uns 16 pedaços, e sei lá que sabor, mas enorme pra gente comer, e claro, logicamente, evidentemente, gelaaaada (se fosse uma cerveja sol estaria quente lol ). Ligaram para o cara da van, e logo que ele atendeu ele se deu conta de que havia esquecido de ir nos buscar, pois provavelmente estava de boa na casa dele, mas não demorou muito e ele chegou, o que nos surpreendeu pois ele sempre costumava dirigir o mais lento possível (tirou a carta com o Rubinho Barrichelo). Dessa vez a viajem foi rápida, o que me surpreendeu novamente, e entramos naquela estrada de terra, em meio a chuva, ja imaginando como seria o transporte dos nossos valiosos e também maltratados instrumentos.
Chegando lá um dos seguranças da entrada abriu a porta e disse que queria ver o braço de todo mundo, e nós ficamos sem entender, até que nosso produtor foi falar com eles sobre a nossa entrada. Na verdade o segurança queria saber se tava todo mundo com pulseirinhas para a entrada, mesmo eu achando que ele queria ver se um dos nossos baixistas tomava bomab pra ter aquele braço lol . Logo saímos com tudo o que havia dentro da van, embaixo de chuva, na grama, e atravessamos uma pequena galerinha em um corredorzinho aberto por onde passamos e deixamos as coisas para aguardar a nossa vez. Nisso a banda de pagode que tocaria antes de nós ia ainda começar o show(PQP), então ficamos nós lá, um tempo segurando tudo, que nem uns bobos, e nosso produtor sumiu. Quando ele voltou comentamos de guardar de volta na van, e eu guardei pelo menos o que era mais importante pra mim, até porque o chão tava todo molhado de cerveja (pelo menos espero que tenha sido cerveja pura né). Um detalhe importante é que haviam sido descarregados de um caminhão baú varios fardos de cerveja, apesar de a cerveja estar meio quente e ter feito mal ao estomago da gente, e o mais legal é que era uma festa open bar de tudo. Era open bar de bebida e de kaftas, e para alguns estudantes era open bar de loiras e morenas bebadas também, mas isso só pra quem cheirava a ser boyzinho lol. Muita gente trombou em nós, nas nossas coisas, e muita universitária chapada passou por nós, claro que esnobando, mas repetindo o que eu sempre falo sobre essas meninas, eu quero mesmo que elas se ferrem e caiam de cara no chão pra algum bebado pisar em cima da bunda siliconada delas (hoje estou bonzinho e vou parar por aqui a sessão "massacre às piranhas"). O ruim é que só tinha mulher bonita e isso nos deixava distraídos e uma outra palavra que prefiro não comentar, mas esse é o problema de não se ter camarim, pois no camarim a gente poderia ficar mais de boa, pois no meio do povo, vendo aquela galera dançar o Rebolation, e todo mundo bebado, e eu torcendo pra alguem cair, e ninguem caia, foi muito tenso.
Logo fomos levando as coisas ao palco, que não era grande coisa e uma boa parte dele estava ocupada pela percussão como sempre, e de um jeito ou de outro, acabamos ficando meio apertados, mas não foi tanto. Para um bom começo, ou engraçado ao menos, na introdução da primeira música nós não estavamos ouvindo o violão, e metade da banda ( incluindo eu ) entraram quase na metade do solo de introdução (os universitários chapados talvez nem tenham percebido). Tinha uma mulher de vestido, que queria de algum jeito chegar mais perto do palco, provavelmente para cantar no nosso microfone, mas tinham vários seguranças, que não vi de onde saíram, mas eles não deixaram ninguém chegar perto do palco. Como nós ja haviamos tido problemas com uma certa menina que sempre subia no palco então foi de certa utilidade os seguranças, mas essa tal mulher de vestido (tremenda gostosa) ficava o tempo todo dançando na frente dos seguranças, brincando com eles, provavelmente ou pra ver se elas deixavam ela chegar mais perto, ou então porque ela estava com vontade mesmo lol. As letras do repertório sempre são de tamanho normal, em negrito, e eu sempre fico achando que não vou conseguir ler a tempo o nome da próxima música, e então eu pedi para o baixista que estava do meu lado para ele me avisar qual seria a proxima música o show todo, mas infelizmente o baterista estava sem repertório, e pediu o mesmo favor para mim, e então eu tive que me abaixar toda vez pra ler qual era a proxima música e falar pro baterista, e pior de tudo, ainda tive que lembrar ele, cantando a introdução daquelas músicas. Devido a subita entrada de dois novos violonistas, e os ensaios massantes e inúteis, muitas músicas tiveram suas introduções atropeladas, pois tava faltando um certo entrosamento, mas como disse antes eu acho que a galera universitária realmente nem percebeu. O show foi todo meio atropelado, mas até que não fui muito ruim (ruim foi tocar mais uma vez uma micareta no meio de um show sertanejo). Infelizmente temos muito azar com retornos de palco, mas eu fui esperto e pedi pra darem uma aumentada pra mim, portanto eu me ouvi um pouco.
Quando terminamos guardamos tudo, e eu como sempre fui no banheiro antes de partir, tendo que atravessar aquela multidão na volta pra van, com o chão todo molhado e muito cheio de latinhas de cerveja, pois haviam mais latinhas do que propriamente chão. O caminho de volta foi muito sossegado (infelizmente não havia nenhum dos nossos imitadores do Silvio Santos), e fomos embora sem muita enrolação pois no sabado seria mais corrido ainda :( .
Sábado
Eu tinha chamado uma amiga pra ir nos assistir (ela não foi, me deu mais um bolo pra minha coleção imensa), e tinha entrado na net, e estava escrevendo este post ainda, quando de repente o produtor me liga, e fala que em 20minutos eles estariam passando por aqui pra me egarem (PQP), e eu sem tomar banho, sem cortar a barba (que não cortei ainda lol), sem almoçar ou jantar, sem nada. Fui então naquela correria desgraçada, achando que iríamos ficar umas duas horas ensaiando antes do show, fiquei muito enjoado no carro pois estava de estomago vazio. Quando cheguei pedi na lanchonete um salgado, mas acabei comendo 3 no total, estavam muito gostosos, e caros, e pequenos. Ficamos la só enrolando pois outra banda estava ensaiando, então ficamos esperando (perdendo o tempo útil), até que eles terminaram e nós ja tinhamos resolvido ensaiar só o começo de cada música no violão. Pois bem, eu vim nessa correria, não comi nada, fiz tudo correndo, pra ficar lá perdendo tempo a toa sem fazer nada, e gastando dinheiro pra comer uns "mini" salgados. Logo depois uns caras chegaram atrasados, e levaram uma bronca muito sinistra do nosso produtor, afinal ele é gay, então costuma fazer barraco por qualquer coisa, apesar de ele ter razão nesse caso, mas fazendo escandalo como sempre.Teriam 2 shows, então fomos e montamos tudo para o 1º, que seria o acustico, mas tinah pouca gente, e depois de um acordo com o dono da festa combinamos de tocar o outro show primeiro e depois voltar lá. Nisso o dono do som (um gordinho bibinha meio retardado) ficou estressado, e disse que ele não iria ficar mudando o palco mil vezes, apesar de ele num ter feito nada pra nos ajudar pois quando ele chegou ja estava tudo pronto. Desmontamos tudo e fomos na praça pro show principal, na "Noite Italiana". Ainda faltava alguns para chegarem, e nisso eu fui tomar vinho, e acabei comendo uma lazanha e tomando um refrigerante. Depois me arrependi por ter gastado quase 10reais em uma lazanha muito quente que só tinha molho, um refrigerante quente, e o vinho estava bom apesar de ser vinho barato, mas ja sou meio acostumado com isso. O frio estava muito gelado (lol), mas depois de termos montado tudo no palco o nosso produtor pediu para tocarmos sem nossos agasalhos. Apesar de nós tentarmos fazer tudo certinho e com contratos quando possível nós não ganhamos por "insalubridade" por tocar no frio. O vento batia e a alma se encolhia dentro do corpo, que ja estava perdendo o calor natural, tudo isso causados por baixa temperatura e baixo nível musical explícito, mas na metade do show me esquentei um pouco mais e relaxei. Só não sei o que deu na cabeça do produtor pra botar uma micareta pra tocar no meio de um show sertanejo, numa festa que se chama Noite Italiana, onde todo mundo estava sentado, muitas famílias reunidas, gente decente, mas se estava no repertório é porque tinha que ser tocado, por pior que fosse. Terminamos o show e reparamos que tinhamos duas pessoas famosas entre nós. O segunda voz parecia o Sérgio Reis, e um violonista o Edson, ambos de chapéu.
Saímos e fomos ao proximo show, que deveria ter sido o primeiro, até porque eu estava contando com isso pois queria dormir cedo, mas então fomos, e achamos a tal chácara onde seria o show. A banda de samba-rock estava tocando ainda, e nós bebendo e vendo tanta mulher bonita reunida. O show da outra banda estava até bem animado, e logo pensei que o nosso seria o pior do dia, pois era um acústico meio atropelado, com poucos instrumentos e pouco ensaio, e muito pouco cache.O que nos consolava era só a visão de muitas mulheres bonitas, mas só olhar, senão o nosso produtor ja viria dar bronca. Detalhe, o vinho quente estava muito bom.
Domingo
No domingo tudo foi muito mais sossegado, o nosso baixista foi pra dar uma força, o produtor ficou em casa pra não atrapalhar, e tocamos e logo fomos embora. Foi novamente na "noite italiana", mas tinha pouca gente. O legal foi que apareceu uma mulher junto com os pais e irmãos, e essa mulher tinha uma bunda bem grande e definida, e chamava muito a atenção, mas nada anormal. Eu fiquei contente por poder ir logo embora, e não ter ninguem para me encher o saco, apesar do medo de eles não pagarem, mas pagaram.Pois bem, essa foi uma semana muito ruim. Me senti como se tivesse trabalhando mesmo, e ganhando pouco como a maioria da população. Foi divertido e cansativo ao mesmo tempo. Espero que tenham gostado e não reparem que eu demorei pra postar, pois a preguiça me impedia de terminar de escrever. O próximo post vou tentar ser mais rapido.
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